Microsoft embranquece na Polônia

Exibida inicialmente nos EUA, a propaganda mostrava dois homens (um asiático e um negro) e uma mulher (branca) sentados à mesa de reunião. Com uma diversidade étnica no visual e o seguinte slogan: "Capacitar seu pessoal, com as ferramentas de informática que eles precisam".



Ora bolas, qual o problema de mostrar índios na Rússia, brancos no Marrocos, japoneses na Itália ou negros na Polônia? Somos todos humanos! Sentimos da mesma forma a dor e o prazer. Um produto que queira ser reconhecido como internacional usa essa diversidade ao seu favor, mostrando o poder da sua marca, e não a restringindo.

A justificativa de quem não vê racismo algum na "adaptação" não se sustenta, até porque o oriental continua lá na foto. É lamentável que um problema sério ainda seja desmerecido como uma mania de perseguição ou vitimização utilitarista. Qualquer forma de racismo deve ser combatida de forma séria e tenaz.
A mensagem inical da Microsoft que mesclava a foto e o slogan tinha tudo para servir de exemplo de como as diversas etnias se encaixam bem na ideia das "ferramentas", cada uma com a sua importância. Mas, infelizmente, o anúncio se tornou um exemplo de que o racismo ainda vive, por mais que tentemos negá-lo.
Thiago Mattos.
PS: Os outros anúncios mostrados ao longo do texto são também exemplos claros de racismo. O xampu que "conserta" os cabelos rebeldes; o sabonete que chama o menino negro de sujo e o pergunta por que ele não se lava com o sabonete Vinolia; e a publicidade de um achocolatado francês (utilizada desde 1915) que recentemente considerada racista e retirada de circulação.
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