quinta-feira, julho 30, 2009

70% do Conselho de Ética tem ficha com problemas

Ao menos 70% dos membros do Conselho de Ética são alvos de inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), informa o Estado de S. Paulo.



Esses membros do conselho são réus em ações penais e/ou envolvimento com nepotismo e atos secretos nos últimos anos. São esses mesmos senadores que devem decidir o destino dos pedidos de abertura de processo de cassação do atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).


O site do jornal afirma ainda que a esperada benevolência do Conselho de Ética com Sarney pode ser explicada pela biografia de seus integrantes.

Nas últimas semanas, os escândalos envolvendo o presidente do Senado não param de aumentar. Sarney está sendo acusado de ligação com boletins administrativos sigilosos, nomeação de parentes e afilhados, além de desvio de recursos da Petrobrás pela Fundação José Sarney.

Ou o povo brasileiro aprende a votar, pesquisando e acompanhando a ficha dos políticos em que vota, ou não tem mais jeito. Não se interessar por política num país como o Brasil só pode dar nisso.

Para ler toda a matéria, clique aqui.

Thiago Mattos.

PS: Imagem de http://rasuralivre.blogspot.com/

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quarta-feira, julho 29, 2009

Colaboração no Portal Imprensa: Jornalistas mexicanos vivem como correspondentes de guerra no próprio país

Esta matéria foi inspirada numa nota publicada pelo Knight Center for Journalism sobre a situação dos jornalistas no México. Pesquisei um pouco mais e adicionei outros dados. Segue o texto:

Jornalistas mexicanos vivem como correspondentes de guerra no próprio país

da Redação do Portal IMPRENSA

O representante do Comitê de Proteção aos Jornalistas, Mike O'Connor, declarou, na última sexta-feira (24), ao jornal La Jornada, que os repórteres mexicanos das regiões mais afetadas pelo tráfico de drogas vivem como correspondentes de guerra no próprio país.

Experiente correspondente de conflitos armados, O'Connor lembrou que lugares como Chihuahua, Michoacán e Sinaloa fazem parte da linha de frente na guerra do tráfico. "Ali, os jornalistas que abordam o tema do tráfico de drogas vivem com temor", disse O'Connor ao jornal.

Segundo a agência Inter Press Service, "não há nenhuma instituição mexicana ou estrangeira que não tenha alertado nos últimos meses a grave situação que atravessa o exercício do Jornalismo".

A ONG Manuel Buendía contabilizou 17 jornalistas mortos entre 2008 e o primeiro semestre deste ano, de acordo com seu informe anual apresentado em 21/07. Esses números transformam o México na segunda nação mais perigosa do mundo para a imprensa, atrás apenas do Iraque.

Desde que chegou ao poder em dezembro de 2006, o presidente Felipe Calderón iniciou uma luta aberta ao tráfico de drogas, com o uso de mais de 12 mil soldados e policiais, o que acabou aumentando a violência relacionada ao crime organizado.

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Colaboração no Portal Imprensa: Chicago Tribune aposta em interatividade para fugir da crise

Esta é uma matéria inspirada numa reportagem publicada no site Journalism.co.uk escrita e traduzida por mim, com a edição da Thais Naldoni. Segue o texto:

da Redação do Portal IMPRENSA

Com o lançamento oficial de uma nova rede de blogs, batizada de ChicagoNow, além da contratação de blogueiros inovadores, o grupo Chicago Tribune Media pretende usar a inovação para fugir das conseqüências da crise financeira que atinge os veículos de comunicação dos Estados Unidos.

Desde o lançamento de sua versão beta (de testes) em maio, o ChicagoNow contém mais de 60 blogs que falam sobre assuntos de interesse dos moradores de Chicago. "Pensamos nisso como uma praça online para a Chicago de agora - a cidade que deu um presidente ao mundo e pode sediar uma Olimpíada", informa a página da rede.

Tracy S. Schmidt, diretora-executiva do ChicagoNow, disse ao Journalism.co.uk que a ideia é atingir rapidamente um novo público online e local. "Não vamos atingir esse público com o ChicagoTribune.com, então criamos um site que vai falar para uma variedade de leitores", disse.

O site é formado por uma rede de colaboradores, contratados pela empresa por terem destaque em seus blogs pessoais, além de celebridades locais que receberam um treinamento para blogar. Leitores do Chicago Tribune também tiveram sua chance e muitos dos que se ofereceram para fazer parte da rede foram aceitos.

Outros 20 blogs serão adicionados no próximo mês (quando acontecerá o lançamento oficial do ChicagoNow) e há planos para mais. O grupo está fazendo experiências para promover os blogs por outros veículos como rádio e TV.

Segundo Schmidt, o alvo é duplo: atingir novos leitores online e prover mais conteúdo para os já existentes. Além disso, há um objetivo comercial: cada blogueiro tem seu próprio editor e é pago pelo conteúdo publicado.

"O ChicagoNow será um sucesso? Ele já é. Para Julho, estamos esperando receber um milhão de visitas no mês. Isso em menos de dois meses após lançar a versão beta e antes de termos feito qualquer marketing formal. Temos muito trabalho a fazer nos próximos meses, mas não podíamos ter tido um começo melhor", conclui Schmidt.

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Colaboração no Portal Imprensa: Comentário no Twitter leva imobiliária a processar internauta em Chicago

A internauta Amanda Bonner, moradora de North Side Uptown, em Chicago, está sendo processada pela Horizon Group Management, empresa que administra o prédio onde mora, em razão de um comentário feito pelo serviço de microblog Twitter, segundo informa o site CBS 2.

"Quem disse que dormir num apartamento mofado é ruim para você?. A imobiliária Horizon acha que tudo bem", comentou Bonnen em sua página no último dia 12/05.

A Horizon alega que o comentário de Bonnen é público e difama a empresa para todos que a seguem no Twitter. Na ação, a imobiliária pede indenização por danos morais no valor de US$ 50 mil por considerar ter tido sua reputação prejudicada com o comentário.

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Colaboração no Portal Imprensa: Radialista atingido por garrafa deve processar o Náutico

Esta semana comecei a colaborar lá no Portal Imprensa, principalmente com matérias não assinadas ou "cozidas", como prefere chamar a Thais Naldoni, editora-executiva do portal, que tem me dado uma força.

Tomo a liberdade de reproduzir aqui algumas dessas matérias, iniciando com uma reportagem assinada por mim. Segue o texto:

Radialista Nilson Luiz, atingido por garrafa no estádio dos Aflitos, deve processar o Náutico

Por Thiago Mattos/Colaboração ao Portal IMPRENSA

No último dia 16/07, o radialista Nilson Luiz, da Rádio Itapoan, de Salvador (BA), foi atingido por uma garrafa no estádio dos Aflitos, em Recife (PE), durante a coletiva do técnico do Vitória, Paulo César Carpegiani, em jogo realizado contra o Náutico.

Reprodução
O radialista Nilson Luiz
Em razão do incidente, que resultou em oito pontos em seu supercílio e dores de cabeça persistentes, o radialista informou, em entrevista ao Portal IMPRENSA, que deve entrar com ação por lesão corporal contra o Náutico. Segundo ele, já está sendo feito o levantamento de todo o material que comprove o caso, como vídeos e matérias publicadas a respeito.

Segundo Nilson, o estádio é muito inseguro, pequeno e não dispõe de estrutura para jogos da série A. O radialista afirmou que não havia mais policiamento dentro do estádio na hora em que foi atingido. "Foi uma palhaçada", declarou. "Não tive atendimento médico de ninguém do Náutico ou do estádio. O médico do Vitória me prestou socorro."

A assessoria de imprensa do Náutico afirmou que o responsável pelo incidente já foi detido e assumiu toda a culpa. No entanto, o clube ainda pode ser penalizado de acordo com o artigo 213 do Código de Justiça Desportiva por "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto".

Caso condenado, o Náutico pode perder o mando de campo de até dez partidas, além de pagar multa que pode chegar a R$ 200 mil.

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terça-feira, julho 14, 2009

Liberté, Égalité, Fraternité

O dia 14 de Julho é comemorado na França como um dos mais importantes feriados nacionais, celebrando a queda da Bastilha (prisão símbolo do absolutismo da época) em 1789. A data marcou o início da Revolução Francesa e trouxe os ideiais da nova nação que ali surgia: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Hoje quem visita Paris a procura da famosa prisão encontra uma estação de metrô batizada com o mesmo nome e uma praça com um monumento em forma de um enorme pilar com um anjo dourado no topo. E só.

É certo que por onde se ande em Paris, respira-se história, mas a pergunta é inevitável: o quanto da Revolução Francesa, de tudo o que ela representou, realmente vingou?

O quanto da liberdade, da igualdade e da fraternidade ainda há na França de hoje?


O desfile militar no Champs Elysée, os fogos de artifício, as crianças plantando uma árvore e os amigos se reunindo para comer e celebrar, tudo isso é feito para relembrar a todos a importância da Revolução e das lutas para a formação da identidade nacional tal qual ela é hoje, mas o que ficou disso tudo quando olhamos para a realidade em que hoje se encontra o país?

A identidade francesa hoje está em conflito, os problemas já são outros. Um bom filme lançado recentemente aborda a questão das diferenças étnicas, culturais e sociais que hoje vive o país. Entre Les Murs (Entre os Muros da Escola, em português) vale a pena ser visto.

A colcha de retalhos que atualmente é a França compõe-se de uma diversidade de povos e cultura muitas vezes em choque e num impasse. De qualquer forma, o país é um laboratório social vivo, fascinante e cheio de história. Seja lá o que ficou da Revolução, embora o que se veja hoje pareça ainda distante, vale a pena lembrar do significado do sonho de homens livres, iguais e fraternos.

Thiago Mattos.

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segunda-feira, julho 13, 2009

Dia do Rock

Para comemorar o aniversário do Rock'n'roll, vale a pena dar uma olhada neste post do blog Ribimbóca da Parafuseta. Como já dizia Mick Jagger, it's only rock'n'roll but I like it!

Thiago Mattos.

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quinta-feira, julho 09, 2009

Quem tem medo de Rupert Murdoch?

Rupert Murdoch está a frente de um império da mídia mundo afora. Seu conglomerado, News Corp., abrange 789 empresas baseadas em 52 países e controla quase tudo no mundo da comunicação e do entretenimento: jornais, revistas, satélites, redes de TV, estúdios de cinema, internet e até mesmo times norte-americanos de beisebol, hóquei e basquete.

Murdoch parece disposto a comprar o mundo. Ao que tudo indica, com tanto dinheiro e poder concentrado não deve ser muito difícil.

De acordo com acusações do jornal britânico The Guardian, o grupo de mídia de Murdoch, por trás dos tabloides News of The World e The Sun teria pago em segredo mais de 1 milhão de libras (cerca de R$ 3,2 milhões) para evitar processos judiciais nos quais seus jornalistas eram acusados de envolvimento no grampo de até 3.000 telefones de figuras públicas da política, do esporte e do entretenimento.

O jornal The Guardian afirma que os tabloides contratavam detetives particulares para invadir os celulares de celebridades e conseguir acesso a dados pessoais confidenciais, como por exemplo contas e extratos bancários.

Notícia quentíssima para quem pensa o mundo da mídia. Não se pode esquecer que estamos falando de empresas e de empresários que, muitas vezes, quanto mais poder, menos escrúpulos têm. É bom lembrar que Ted Turner, o dono da CNN e rival de Murdoch, uma vez lhe comparou a Hitler.


Mas afinal de contas, quem tem medo de Murdoch?


Thiago Mattos.

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As 500 maiores companhias do mundo

Cinco empresas brasileiras entraram na lista das 500 maiores companhias do mundo publicada pela revista Fortune.

Beneficiadas pelo alto preço do petróleo no ano passado, as empresas petrolíferas desbancaram as do setor bancário, atingidas mais duramente pela crise financeira global.

Também é de se notar o menor número de companhias norte-americanas e a presença de uma empresa chinesa, pela primeira vez entre as 10 primeiras da lista.


As empresas brasileiras que aparecem na lista são:
- Petrobrás (34º no ranking, com receitas de US$ 118,257 bilhões);
- Bradesco (na 148ª posição);
- Itaúsa (149º, e que agora é uma das controladoras e principal acionista do Itaú-Unibanco);
- Banco do Brasil (174º);
- A mineradora Vale na 205ª posição.


Segue a lista das 20 primeiras posições:

Empresa - País - Setor - Faturamento

  1. Royal Dutch Shell - Holanda - Petróleo & Gás - US$ 458,361 bilhões
  2. Exxon Mobil - Estados Unidos - Petróleo & Gás - US$ 442,851 bilhões
  3. Wal-Mart - Estados Unidos - Comércio - US$ 405,607 bilhões
  4. BP - Reino Unido - Petróleo & Gás - US$ 367,053 bilhões
  5. Chevron - Estados Unidos - Petróleo & Gás - US$ 263,159 bilhões
  6. Total - França - Petróleo & Gás - US$ 234,674 bilhões
  7. ConocoPhillips - Estados Unidos - Petróleo & Gás - US$ 230,764 bilhões
  8. ING - Holanda - Financeiro - US$ 226,577 bilhões
  9. Sinopec - China - Petróleo & Gás - US$ 207,814 bilhões
  10. Toyota - Japão - Automotivo - US$ 204,352 bilhões
  11. Japan Post Holdings - Japão - Transportes - US$ 198,7 bilhões
  12. General Eletric - Estados Unidos - Diversos - US$ 183,207 bilhões
  13. China National Petroleum - China - Petróleo & Gás - US$ 181,123 bilhões
  14. Volkswagen - Alemanha - Automotivo - US$ 166,579 bilhões
  15. State Grid - China - Energia elétrica - US$ 164,136 bilhões
  16. Dexia Group - Bélgica - Financeiro - US$ 161,269 bilhões
  17. ENI - Itália - Petróleo & Gás - US$ 159,348 bilhões
  18. General Motors - Estados Unidos - Automotivo - US$ 148,979 bilhões
  19. Ford - Estados Unidos - Automotivo - US$ 146,277 bilhões
  20. Allianz - Alemanha - Financeiro - US$ 142,395 bilhões
A Fortune é voltada para o mundo dos negócios e publica periodicamente listas como "As companhias mais admiradas", "As melhores companhias para trabalhar", entre outras. É uma boa maneira de sabermos onde boa parte do dinheiro do mundo se concentra.

Thiago Mattos.

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quarta-feira, julho 01, 2009

"Nada será como antes"

Há uma semana, enquanto os canais de TV exibiam imagens do hospital da UCLA e ainda apuravam a notícia, esperando a confirmação da morte de Michael Jackson, o site TMZ já dava o furo horas antes na Internet: o “Rei do Pop” estava morto por conta de uma parada cardíaca.

Dias antes, a estudante de filosofia Neda Agha-Soltan foi morta com um tiro enquanto assistia uma manifestação em Teerã, por conta das denúncias de fraudes nas últimas eleições presidenciais no Irã. Sua imagem agonizando foi parar na internet muito mais rápido que a notícia pudesse chegar à grande imprensa.

O mundo está mudando e a maneira de fazer notícia também; só não está vendo esta mudança quem não quer.

Nunca se viu tanto espaço e participação do público no processo de construir e modelar a notícia. Seja com os vídeos amadores que podem ser filmados através de qualquer celular (cena dos paramédicos chegando na casa de Jackson, ou da jovem iraniana agonizando ensanguentada no meio da rua), seja com a ajuda de redes sociais, blogs e sites cada vez mais citados pelas mídias tradicionais, que agora recebem as notícias praticamente prontas, tendo apenas o trabalho de apurar.

A participação da Internet na confecção da notícia tem sido e será cada vez mais presente, é inegável e inevitável. Mesmo depois de “fontes confiáveis” confirmarem as informações, a mídia mais convencional não abandona as mais alternativas.

Por exemplo, os blogs são um sintoma da Cauda Longa, do qual Chris Anderson já nos chamou a atenção, de um modelo onde a quantidade de nichos aparentemente infinitos alteram tudo o que é tradicional. O acesso à informação já não se dá mais de um modo passivo como era antes, numa mão única de cima para baixo, onde não podíamos interagir com os fatos.

Os blogueiros, embora não disponham de garantia da exatidão, dispõem de uma melhor máquina de correção de erros do que a mídia convencional. Além disso, milhares de blogueiros criam blogs especializados em um determinado assunto, com uma profundidade invejada por muitos jornalistas da mídia tradicional. Não bastasse tudo isso, a possibilidade dos comentários dos leitores os enriquecem ainda mais, permitindo mais informações sobre um determinado tópico ali discutido. Os milhares de blogs oferecem uma absurda quantidade de informações a custo praticamente zero e, na maioria dos casos, sem vender propaganda.

Tudo isso já deve ser o suficiente para que a mídia convencional (em especial, a TV e os jornais) reflita mais sobre sua atuação no mercado, para uma questão de sobrevivência. O fechamento de diversos jornais mundo afora não deixam mentir. Por que não incluir também em toda essa discussão os próprios cursos de jornalismo, além da polêmica questão da obrigatoriedade do diploma? Por que continuarmos os mesmos, já que nada será como antes?

Thiago Mattos.

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