quarta-feira, julho 29, 2009

Colaboração no Portal Imprensa: Jornalistas mexicanos vivem como correspondentes de guerra no próprio país

Esta matéria foi inspirada numa nota publicada pelo Knight Center for Journalism sobre a situação dos jornalistas no México. Pesquisei um pouco mais e adicionei outros dados. Segue o texto:

Jornalistas mexicanos vivem como correspondentes de guerra no próprio país

da Redação do Portal IMPRENSA

O representante do Comitê de Proteção aos Jornalistas, Mike O'Connor, declarou, na última sexta-feira (24), ao jornal La Jornada, que os repórteres mexicanos das regiões mais afetadas pelo tráfico de drogas vivem como correspondentes de guerra no próprio país.

Experiente correspondente de conflitos armados, O'Connor lembrou que lugares como Chihuahua, Michoacán e Sinaloa fazem parte da linha de frente na guerra do tráfico. "Ali, os jornalistas que abordam o tema do tráfico de drogas vivem com temor", disse O'Connor ao jornal.

Segundo a agência Inter Press Service, "não há nenhuma instituição mexicana ou estrangeira que não tenha alertado nos últimos meses a grave situação que atravessa o exercício do Jornalismo".

A ONG Manuel Buendía contabilizou 17 jornalistas mortos entre 2008 e o primeiro semestre deste ano, de acordo com seu informe anual apresentado em 21/07. Esses números transformam o México na segunda nação mais perigosa do mundo para a imprensa, atrás apenas do Iraque.

Desde que chegou ao poder em dezembro de 2006, o presidente Felipe Calderón iniciou uma luta aberta ao tráfico de drogas, com o uso de mais de 12 mil soldados e policiais, o que acabou aumentando a violência relacionada ao crime organizado.

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