Todos os anos, várias éspecies deixam seu habitat natural e migram em busca da sobrevivência. Como peixes, pássaros e outros animais, o bicho-homem também se desloca pelo planeta com a mesma desenvoltura.É assim que atualmente centenas de brasileiros deixam seu país tropical rumo às terras geladas do Canadá, buscando melhores condições de vida. Organizam-se através de blogs, comunidades do
Orkut e grupos de e-mail, onde discutem prós e contras do processo de imigração, trocando figurinhas sobre a vida como ela realmente é por lá, no frio do Canadá.
O país é um dos que mais incentivam trabalhadores qualificados dispostos a aprender uma nova língua (francês ou inglês) e um outro estilo de vida, pautado por um inverno rigoroso que pode chegar a temperaturas negativas na mesma proporção que chegam as positivas no Brasil.
Imigrantes de diversos países já se tornaram cidadãos canadenses – correspondendo a 18% da população, em uma das maiores proporções já medidas (
Censo de 2001). Cinquenta mil novos imigrantes estão sendo esperados este ano na província francófona do Quebec, uma das que mais recebem brasileiros.
Diferentemente do que ocorre em outros países como os EUA, onde o green card é obtido através de uma loteria e a imigração é delicadamente tratada como um problema, no Canadá o processo é ágil e transparente.
Pontua critérios como idade, formação acadêmica e experiência profissional, conforme informa o Ministério da Imigração e das Comunidades Culturais do Quebec (
MICC): “É possível imigrar para Quebec com um visto de Residência Permanente, que permite viver e trabalhar legalmente, com a quase totalidade dos direitos de todos os cidadãos canadenses”.
Tal oferta já fisgou cerca de
10 mil brasileiros durante os últimos dez anos; o Brasil é um dos cinco países das Américas que mais contam com residentes permanentes no Canadá. Situada na província de Ontário, parte anglófona do país, Toronto se destaca como a cidade que mais recebe imigrantes.