O riff de guitarra da música Voodoo Child (Slight Return), um clássico de Jimi Hendrix, foi eleito o melhor de todos os tempos por uma votação do site Music Radar. A música faz parte do álbum Electric Ladyland, de 1968, e recebeu 14% dos votos.
Na eleição dos 50 melhores riffs de todos os tempos, destacam-se:
1. "Voodoo child", Jimi Hendrix 2. "Sweet child o' mine", Guns N' Roses 3. "Whole lotta love", Led Zeppelin 4. "Smoke on the water", Deep Purple 5. "Layla", Derek and the Dominos 6. "Back in black", AC/DC 7. "Enter sandman", Metallica 8. "Day tripper", The Beatles 9. "Smells like Teen Spirit", Nirvana 10. "(I can't get no) satisfaction", The Rolling Stones
11. "Paranoid", Black Sabbath 12. "Plug in baby", Muse 13. "Ain't talkin' 'bout love", Van Halen 14. "You really got me", The Kinks 15. "Seven nation army", The White Stripes 16. "Highway to hell", AC/DC 17. "Heartbreaker", Led Zeppelin 18. "Iron man", Black Sabbath 19. "Black dog", Led Zeppelin 20. "Beat it", Michael Jackson
21. "Paperback writer", The Beatles 22. "Purple haze", Jimi Hendrix 23. "Whole lotta Rosie", AC/DC 24. "Johnny B Goode", Chuck Berry 25. "Sad but true", Metallica
Com todo respeito ao Jimi, não tenho dúvidas de que Johnny B Goode é o melhor riff de todos os tempos. Alguém mais discorda do resultado?
O jornalista Augusto Nunes, da revista Veja, entrevista o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que avalia os seus dois mandatos (1995-2003) e fala sobre a transição de governo. A entrevista foi dividida em 15 partes.
O desabamento das vigas do Rodoanel na última semana em São Paulo, o recente apagão e as enchentes na Baixada Fluminense nos dão uma boa ideia dos políticos com os quais estamos lidando.
O Tribunal de Contas da União (TCU) classificou 79 irregularidades das obras do Rodoanel como "graves", entre elas o uso de material mais barato para redução de custos; "usaram menos material de construção, mas receberam o mesmo dinheiro", diz o relatório do TCU.
As denúncias de superfaturamento, que inclusive datam de maio deste ano, apontam prejuízo de R$ 184,4 milhões aos cofres públicos - isto na construção do trecho sul do Rodoanel.
Os políticos de São Paulo que tanto arrotavam "as incríveis obras do Rodoanel" terão que engolir mais essa. Da mesma forma que o inabalável presidente da República e sua ainda candidata Dilma terão que conviver com o que ainda está obscuro no apagão.
E tem mais. Enquanto o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, dava uma de guia turístico para a cantora Madonna e dizia que a cantora era um luxo, o povo da Baixada Fluminense sofria com as enchentes e com o descaso do governo. Afinal, a Baixada, ao contrário da Madonna, não é um luxo.
A energia voltou, mas a luz talvez demore um pouco mais
Na noite de ontem (10), um blackout apagou mais da metade do Brasil, além do Paraguai. Foram ao menos dez estados brasileiros afetados e deixados às escuras pouco depois das 22h.
As causas do apagão - que ainda não são um consenso - não tiveram origem em Itaipu, segundo nota divulgada hoje (11) pela Usina. Diza nota: "a hipótese mais provável é que tenha havido algum acidente que afetou um ou mais pontos do sistema de transmissão, inclusive o de Furnas, responsável por levar a energia de Itaipu para o Sul e Sudeste, acidente este que provocou outros, fenômeno que se costuma chamar de efeito dominó".
O programa 60 Minutes, da rede norte-americana CBS, havia citado no último domingo (8) fontes anônimas afirmando que os apagões ocorridos no Brasil em 2005 (RJ) e 2007 (ES) foram causados por ataque de hackers contra os sistemas de controle da rede de fornecimento.
Na última segunda-feira (9), o site da revista Wiredpublicou uma matéria informando que o grande apagão brasileiro que durou dois dias em setembro de 2007 foi, na verdade, resultado da negligência na manutenção de duas linhas de transmissão, e não devido a ataque de hackers. De acordo com o site, a informação está baseada em relatórios de agências do governo e outros órgãos que investigaram o acidente por mais de um ano. Mas as hipóteses de sabotagem não devem ser totalmente descartadas.
O blackout de ontem espantou não só pela supresa mas também pela intensidade. São Paulo, a capital financeira do país, literalmente, apagou por completo. Aliás, foi por causa do apagão que descobriu-se que alguns hospitais não têm, se quer, geradores. Felizmente, não houve maiores consequências, mas o alerta já foi dado.
A Copa do Mundo e as Olimpíadas estão aí; nós, brasileiros, estamos aqui. A energia voltou, mas a luz talvez ainda demore um pouco mais a chegar.
Há pouco a dizer sobre o ridículo episódio da estudante de turismo da UNIBAN, em São Paulo. Como todos sabem, há algumas semanas Geyse Arruda foi escurraçada, xingada e, finalmente, expulsa da universidade onde estudava.
É lamentável, meus amigos, mas de experiência própria posso garantir que a atitude daqueles "universitários" não é assim tão chocante: essa é a nossa juventude, esse é o infeliz retrato do Brasil.
Após me formar em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, decidi voltar a cursar jornalismo em São Paulo e sei que isso poderia muito bem ter acontecido onde estudo hoje - tenho certeza. Aliás, foram alguns "colegas" de lá que me garantiram que teriam feito o mesmo.
Isso posto, resta pouco a dizer. Reproduzo aqui uma nota da União Nacional dos Estudantes que diz tudo o que penso:
Episódio de violência sexista acaba em mais uma demonstração de machismo No dia 22 de outubro, o Brasil assistiu cenas de selvageria. Uma estudante de turismo da Universidade Bandeirante (São Paulo) foi vítima de um dos crimes mais combatidos na sociedade, a violência sexista, que é aquela cometida contra as mulheres pelo fato de serem tratadas como objetos, sob uma relação de poder desigual na qual estão subordinadas aos homens. Nesse episódio, a estudante foi perseguida e agredida pelos colegas, hipoteticamente pelo tamanho de vestido que usava, e só pôde deixar o campus escoltada pela polícia. Alguns dos alunos que a insultaram gritavam que queriam estuprá-la. Desde quando há justificativa para o estupro ou toleramos esse tipo de violência? Pasmem, essa história absurda teve um desfecho ainda mais esdrúxulo. A Universidade, espaço de diálogo onde deveriam ser construídas relações sociais livres de opressões e preconceitos, termina por reproduzir lamentavelmente as contradições da sociedade, dando sinais de que vive na era das cavernas. Além de não punir os estudantes envolvidos na violência sexista, responsabiliza a aluna pelo crime cometido contra ela e a expulsa da universidade de forma arbitrária, como se dissessem que, para manter a ordem, as mulheres devem continuar no lugar que estão, secundárias à história e marginalizadas do espaço do conhecimento. É naturalizado, fruto de uma construção cultural, e não biológica, que os homens não podem controlar seus instintos sexuais e as mulheres devem se resguardar em roupas que não ponham seus corpos à mostra. Os homens podem até andar sem camisa, mas as mulheres devem seguir regras de conduta e comportamento ideais, a partir de um padrão estético que a condiciona a viver sob as rédeas da sociedade, que por sua vez é controlada pelos homens. Esse desfecho, somado às diversas abordagens destorcidas do fato na mídia, demonstram a situação de opressão que todas nós, mulheres, vivemos em nosso cotidiano. Situação em que mulheres e tudo o que está relacionado a elas são desvalorizados e depreciados. A mulher é vista como uma mercadoria - ora utilizada para vender algum produto, ora tolhida de autonomia e direitos, ora violentada, estigmatizada e depreciada. É essa concepção que acaba por produzir e reproduzir o machismo, violência e sexismo, próprios do patriarcado. Tal concepção permitiu o desrespeito a estudante. Nós, mulheres estudantes brasileiras, em contraposição a essa situação, estamos constantemente em luta até que todas as mulheres sejam livres do machismo, da violência, do desrespeito e da opressão que nos cerca. Repudiamos o ato de violência dos alunos contra a estudante de turismo, repudiamos a reação da mídia que insiste em mistificar o fato e não colocar a violência de cunho sexista no centro do debate e denunciamos a atitude da universidade de punir a estudante ao invés daqueles que provocaram tal situação. Exigimos que a matrícula da estudante seja mantida, que a Universidade se retrate publicamente e que todos os agressores sejam julgados e condenados não somente pela instituição, a Uniban, mas também pela Justiça brasileira. Somos Mulheres e Não Mercadoria! Diretoria de Mulheres da UNE - União Nacional dos Estudantes
É nessas horas que tenho vergonha da minha geração acéfala.