Acode, acode!!
Sei que não podemos mais personificar o poder de um país nas mãos de um presidente, temos que dar vida às iniciativas não-governamentais (nao estou falando de ONG, Deus me livre) e ver quem estão por trás de um projeto político. Além do mais, já pensaram no bem que nos fez essa desmistificação em torno da imagem imaculada de Lula? Que bom que não acreditam mais nele, isso pode fazer bem demais ao país que já está com um olho no padre e o outro no papa que só diz besteiras.
Todos me perguntam: vem cá, faz realmente alguma diferença quem vai ganhar? Andei pensando, pensando e cheguei à seguinte conclusão: faz sim. Lembrei do Brasil antes e depois de Lula, comecei a pensar nas merdas que começaram a aparecer. Engraçado, antes tudo era mais cheiroso, ao menos não fedia tanto. Antes, corrupção era um coisa que a gente ouvia falar distante, sabia que existia mas no final não dava em nada. Comecei a pensar que até que é bom que a gente fale mal do homem, critique, mas quando pensei no Brasil tendo o Sr. Alckmin como presidente, confesso mais uma vez, deu medo.
E hoje nem vou falar da situação da minha querida cidade do Rio de Janeiro, que dá vontade de sair gritando pára tudo, pára, pára!!! Como deixaram essas pessoas se candidatar, Deus do céu?
Marcadores: brasil, eleições, estados unidos, política, violência
4 Comments:
Primoroso, primoroso...
Um dos muitos argumentos a favor do Lula, de tantos outros aqui presentes.
É imprescindível a reeleição!
Lula de novo com a força do povo!
Fala rapaz,
Depois te mando um email perguntando como estão as coisas por aí...
Tem muito tempo que não comento aqui mas mesmo sem tempo não aguentei.
Primeiro, quase todos no congresso são unânimes em afirmar que corrupção na escala atual não houve, pelo menos recentemente. É óbvio que havia corrupção, mas era uma corrupção de parlamentares, querendo tirar proveito próprio. Essa institucionalização da corrupção extremamente organizada pelo próprio governo é filhote do PT sim.
Segundo, não é possível descobrir tanta merda junta e não fazer nada. É simplesmente dar carta branca para se continuar fazendo. Grande parte da cúpula do mensalão (ou caixa 2, não vem ao caso) foram reeleitos. Tudo o que o Brasil não precisa mais é de impunidade! Os escândalos atuais são muito mais graves que os que levaram ao impeachment do Collor (que aliás se elegeu também). E depois ainda dizem que a imprensa é contra o Lula...
Terceiro, a corrupção está aparecendo primeiro porque a escala aumentou e depois por causa da Polícia Federal vem se estruturando já há alguns anos, e não vejo como mérito do governo.
Quarto, o Lula está se tornando um grande populista. Tinham cortado 1,5 bi em gastos mas como a eleição foi para o segundo turno, foram liberados novamente. Ele deu aumentos de até 70 % por medida provisória nas vésperas da eleição (inclusive o que o Thiago vai ganhar). E esses aumentos não foram no salário mínimo e nem pra quem ganha pouco.
Pra mim já basta de Lula! Eu sincera e honestamente não consegui entender, até agora , nenhum dos argumentos dos que vão votar nele.
Abraço
apesar de todos os erros, o governo atual foi o primeiro governo de 'esquerda' a conquistar o poder e temos q seguir com essa conquista ou teremos a volta do msm pensamento conservador q quer fazer mais privatizacoes e criminalizar os movimentos populares.
Blog do Emir
O que está em jogo
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se a Petrobrás vai ser privatizada – como afirma o assessor de Alckmin, Mendonça de Barros à revista Exame – e, com ela, o Banco do Brasil, a Caixa Economia Federal, a Eletrobrás.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se os movimentos sociais voltarão a ser criminalizados e reprimidos pelo governo federal.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se o Brasil seguirá privilegiando sua política externa de alianças com a Argentina, a Bolívia, a Venezuela, o Uruguai, Cuba, assim como os países do Sul do mundo, ao invés da subordinação à política dos EUA.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se retornará a política de privataria na educação.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se a política cultural será centrada no financiamento privado.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se teremos menos ou mais empregos precários, menos ou mais empregos com carteira de trabalho.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se haverá mais ou menos investimentos públicos em áreas como energia, comunicações, rodovias, saneamento básico, educação, saúde, cultura.
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se seguiremos diminuindo as desigualdades no Brasil mediante políticas sociais redistributivas – micro-crédito, aumento do poder aquisitivo real do salário mínimo, diminuição do preço dos produtos da cesta básica, bolsa-família, eletrificação rural, entre outros – ou se voltaremos às políticas tucano-pefelistas do governo FHC.
O que está em jogo no segundo turno é tudo isso – o que, por si só, é de uma enorme proporção e já faz diferença entre os dois candidatos. O que está sobre tudo em jogo nos segundo turno é a inserção internacional do Brasil, com conseqüências diretas para o destino futuro do país.
Com Lula se manterá a política que privilegia a integração regional e as alianças Sul/Sul, que se opõem à Alca em favor do Mercosul. Com Alckmin se privilegiariam as políticas de livre comércio: Alca, assinatura de Tratado de Livre Comércio com os EUA, isolamento da Alba, debilitamento do Mercosul, da Comunidade Sul-Americana, das alianças com a África do Sul e a Índia, o Grupo dos 20.
O que está em jogo no segundo turno é a definição sobre se o Brasil vai subordinar seu futuro com políticas de livre comércio ou se o fará em processos de integração regional. Isso faz uma diferença fundamental para o futuro do Brasil e da América Latina. Adotar o livre comércio é abrir definitivamente a economia do país para os grandes monopólios internacionais – norte-americanos em particular -, é renunciar a definir qualquer forma de regulamentação interna – de meio ambiente, de moeda, de política de cotas, etc. É condenar o Brasil definitivamente à centralidade das políticas de mercado, com a perpetuação das desigualdades que fazem do nosso o país mais injusto do mundo.
O que está em jogo no segundo turno então é se teremos um país menos injusto ou mais injusto, se teremos um país mais soberano ou mais subordinado, se teremos um país mais democrático ou menos democrático, se teremos um país ou se nos tornaremos definitivamente em um mercado especulativo e nos consolidaremos como um país conservador dirigido pelas elites oligárquicas (como um mistura de Daslu mais Opus Dei). Se seremos um país, uma sociedade, uma nação – democrático e soberanos - ou se seremos reduzidos a uma bolsa de valores, a um shopping center cercado de miséria por todos os lados.
Tudo isto está em jogo no segundo turno. Diante disso ninguém pode ser neutro, ninguém pode ser eqüidistante, ninguém pode ser indiferente.
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