segunda-feira, agosto 28, 2006

Perdeu, Plutão!

Depois de tanto lenga-lenga em torno da discussão sobre os novos planetas, quem saiu perdendo foi Plutão, o simpático último planeta do Sistema Solar, ou melhor, ex-último. Agora só nos restaram oito planetas.

De acordo com os membros da União Astronômica Internacional, Plutão foi rebaixado à categoria de planeta-anão pois não se encaixa na atual definição do que é ser um planeta, ou seja, além de ser esférico e não-estelar, precisa também “limpar a vizinhança de sua órbita”, algo em comum à formação de todos os oito planetas do Sistema, exceto ele.

Com o rebaixamento do único planeta do Sistema Solar descoberto por um estadunidense, a impressão que fica é que há algo de estranho nos céus. Como assim? Nos afeiçoamos tanto ao planetinha gelado que, por mais que os astronômos e os astrólogos insistam que nada irá mudar, a decisão nos pareceu um tanto deslocada. Esse tempo todo enganados?

Aqui embaixo no planeta Terra (será mesmo um planeta?), coisas do outro mundo habitam as Tvs e os rádios do Brasil desde o dia 15 de Agosto. É realmente assustador ver a que tipo de situações se prestam os candidatos a um empreguinho público. Para não dizerem que eu só falo mal de tudo, vale dar um viva à decisão do TRE-RJ de impugnar cinco candidaturas fluminenses, alegando que cidadãos do calibre de Eurico Miranda não tem “perfil moral” para ocupar um vaga na Câmara. Huahuahuahau!!! Perdeu, preibói!

Thiago Mattos.

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4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

A decisão da União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) de retirar o status de planeta de Plutão causou descontentamento entre alguns cientistas.
O principal cientista da missão robótica da Nasa (agência espacial americana) a Plutão, New Horizons, criticou a decisão, adotada na quinta-feira, qualificando-a de "constrangedora".
"É uma decisão horrenda; é ciência malfeita e jamais vai passar pela avaliação da categoria (de astrônomos) por duas razões", disse ele.
"Primeiramente, é impossível e artificial colocar uma linha divisória entre planetas anões e planetas. É como se nós declarássemos que as pessoas não são pessoas por uma razão arbitrária, como 'elas tendem a viver em grupos'".
"Em segundo lugar, a definição em si é ainda pior, porque é inconsistente."
Um dos três critérios para o status de planeta é que ele precisa ter "limpado as áreas vizinhas em sua órbita".
Os maiores objetos no Sistema Solar vão agregar a matéria em seu caminho ou expeli-las.
Plutão foi desqualificado porque sua órbita altamente elíptica se sobrepõe à de Netuno – ou seja nem agregou nem expeliu o outro planeta.
Stern destacou que Terra, Marte, Júpiter e Netuno também não "limparam" totalmente as suas zonas orbitais.
A Terra tem órbita com 10 mil asteróides próximos. Júpiter, por sua vez, é acompanhado de 100 mil asteróides "troianos" (asteróides que seguem na mesma órbita que um determinado planeta).
Estas rochas são essencialmente fragmentos que sobraram após a formação do Sistema Solar, há mais de 4 bilhões de anos.
"Se Netuno tivesse 'limpado' a sua zona, Plutão não estaria lá", acrescentou.
Stern disse que astrônomos com posições semelhantes à sua organizaram uma petição para restituir a Plutão sua classificação de planeta.
Decalques onde se lê "buzine se Plutão ainda é um planeta" estão sendo vendidos pela internet, e e-mails sobre a decisão que circulam na rede mundial de computadores estão chamando a IAU de "União Astronômica Irrelevante".
"Revolta"
Owen Gingerich preside a comissão que define planetas da IAU e ajudou a elaborar uma proposta inicial elevando o número de planetas do Sistema Solar de nove para 12.
O professor emérito de Harvard atribuiu o resultado em grande parte a uma "revolta" dos dinamicistas - astrônomos que estudam o movimento e os efeitos gravitacionais dos corpos celestes.
"Em nossa proposta inicial, nós tomamos a definição de um planeta que geólogos planetários queriam. Os dinamicistas se sentiram terrivelmente insultados que não os tivéssemos consultado para saber o que pensavam. De alguma forma, havia um número suficiente deles para criar um grande protesto", disse Gingerich.
"A revolta deles criou uma grita suficiente para destruir a integridade científica da resolução (anterior)."
"Havia 2,7 mil astrônomos em Praga (onde ocorreu a reunião da IAU) durante o período de dez dias. Aqueles que discordaram e estavam determinados a bloquear a outra resolução apareceram em maior número do que os que acharam 'bem, esta é apenas uma daquelas coisas em que a IAU está trabalhando'".
Gingerich, que estava nos Estados Unidos e perdeu a votação, disse que gostaria da introdução, no futuro, de votos eletrônicos.
Alan Stern concorda: "Eu não pude votar porque eu não estava no plenário, em Praga, na quinta-feira, dia 24. De 10 mil astrônomos, 4% estavam naquele recinto - não se pode nem alegar consenso."
"Se todo mundo tivesse que viajar para Washington DC todas as vezes que se desejasse votar para presidente, nós teríamos resultados muito diferentes porque ninguém iria votar."
Outros astrônomos estão felizes em ver Plutão retirado da lista de planetas. Iwan Williams, presidente de ciência de sistemas planetários da IAU, disse: "Plutão tem muitos e muitos amigos; nós não temos muito entusiasmo em ver Plutão e todos os seus amigos no clube porque fica lotado. No final da década, nós teríamos cem planetas, e eu acho que as pessoas diriam 'meu Deus, que confusão eles fizeram em 2006'."


NOTÍCIA PUBLICADA NA BBC BRASIL

5:29 AM  
Anonymous Anônimo said...

Sacanagem com Plutão...
Mas de fato, o melhor foi ver o ilustre ex-deputado ser proibido de concorrer à eleição por não ter "perfil moral", muito bom...
Saudações rubro-negras...

9:48 AM  
Anonymous Anônimo said...

A questão da classificação não quer dizer mta coisa. Plutão foi descoberto em 1930, e antes disso? Nem imaginávamos q ele existia..
Aliás, quero ver como ficará a astrologia agora..pois se eles disserem q nada mudou, terão, sim, que levar em consideração Xena...para manter o critério..critério para astrólogos..q comídia!!hehehehe

10:43 AM  
Anonymous Anônimo said...

pra ser sincera, to mais preocupada com coisas aqui na Terra msm, inclusive no Brasil. As opções para em quem se votar sao realmente assustadoras. Cruz Credo!

12:48 PM  

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