segunda-feira, janeiro 01, 2007

Sobre o enforcamento (ou "A violência é tão fascinante")

Saddam Hussein, tirano sanguinário foi enforcado.
Corda no pescoço, Alcorão na mão, Maomé na boca.
Sua morte foi cruel, pra ele não se podia dar sopa.
Tinha que pagar com a própria vida as que havia tirado.
Dar seu sangue para compensar o sangue derramado
Servir de exemplo pra mostrar o que acontece
A quem se mete com quem não deve
Com tiranos ainda mais sanguinários,
Na qual as diferenças que mais se fazem notar são
O nome dos santos livros: um a Bíblia, outro o Alcorão.
A amizade com os organismos internacionais
A influência política que nunca é demais.
Déspota por déspota quem é que pode me dizer:
Qual deles merece matar, qual deles merece morrer?
Qual deles merece julgar e dizer tu és meu condenado?
Quem de nós pode dizer: bem feito ter sido assassinado?
Parece que eles decidem e concordamos resignados
Vivemos sem nem sentir, é tão difícil acreditar
Qualquer vida que é tirada não pode mais nos tocar.

Thiago Mattos.

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14 Comments:

Blogger Sangue de Barata said...

Resolvi começar o ano com uma poesia. A explicação para essa postagem relâmpago foi a notícia da marca das 3 mil mortes de soldados norte-americanos no Iraque. Comecei a escrever umas palavras sobre os grandes tiranos contemporâneos da humanidade e quando vi era uma poesia - ou tentava ser.

A figura de um dos nossos joguinhos preferidos na infância deve ter ajudado muita gente a entender o que quis dizer, se a poesia em si não ajudou. De qq forma, a dica de uma letra de música manjada, subtítulo deste post, não deixaria dúvidas. Ahn?

1:51 PM  
Blogger Seu Cuca said...

Deu na Webamerica.org...

"Video of Saddam’s Hanging!!!

This is the first bit of video, and the new uncensored footage from his execution. As always, Webmerica will try and get the unedited, uncensored version that does not stop just before the moment of death. [UPDATE: That footage is available below.] We show criminals in this country executed on television all the time! Without the “moment of death” on camera, how can we be sure he was killed?"

E é um dos "Hot Topics" do Wordpress.com =)
Amar ao próximo já era dèmodè antes de Saddam (ou do Manfredini Jr).

7:10 PM  
Blogger Helio Andrade said...

quando será o enforcamento de G. Bush ?

8:09 PM  
Anonymous Anônimo said...

Tem um grupo do Punk francês ("Les Béruriers Noirs") que falava assim em uma musica, denonciando a pena de morte :

"Aux mains de l'état, la force s'appelle Droit, aux mains d'l'individu, elle se nomme Crime"

Ou seja,
" Nas mões do Estado, a força se chama Direto, nas mões do individo, o nome dela é Crime"

Acho muito justo isso e acredito que a pena capital não pode ser justificada, e isso vale para qualquer crime. (até para o Bush :p )

Robin

1:34 AM  
Anonymous Anônimo said...

O nome dele era Dustin R. Donica, tinha 22 anos e nasceu em String no Texas,morreu em uma emboscada e seu caixão será o de número 3.000 da guerra de Bush a desembarcar vindo do Iraque em um aeroporto americano.Será enterrado em Arlington e esquecido. Desde 2003 16.000 iraquianos foram mortos, 14.298 civis, 1348 policiais e 627 soldados do exército. No Vietnã morreram 58.000 soldados americanos e 2 milhões de vietnamitas em dez anos de guerra. Na Primeira Guerra Mundial as vitimas foram 20 milhões, na Segunda Guerra 50 milhões de mortos,desses, 405 mil eram soldados americanos, na Guerra Civil Espanhola os mortos chegaram a um milhão. Em 1982, Saddam Hussein ordenou que seu primo Alí o Químico lança-se armas quimicas em uma aldeia supostamente insurgente vitimando 142 pessoas em sua maioria mulheres e crianças, governou o país com mão de ferro por vinte e quatro anos, torturando e matando adversários. Será que homens como Saddam, Pinochet, Hitler e outros seres humanos despreziveis como os que atearam fogo no ônibus da Itapemirim merecem menos que a forca?

11:55 AM  
Blogger Sangue de Barata said...

Tá rolando uma contagem alternativa de civis mortos num site bem interessante:

http://www.iraqbodycount.org/

Tem, inclusive, uma parte que explica em português um pouco sobre o projeto:

http://www.iraqbodycount.org/background_pt.php

O site é "um projeto de Segurança Humana para estabelecer uma base de dados pública, independente e ampla ampla (baseada nas notícias de agências e nas manchetes de jornais), de civis mortos no Iraque como resultado direto das ações militares levadas a cabo pelos Estados Unidos e seus aliados no ano 2003."

E diz:

"Adversidades como a guerra e as guerras civis são uma ameaça para a sobrevivência e a dignidade de milhões de pessoas. As vítimas destes conflitos são principalmente, para não dizer exclusivamente, civis: homens e mulheres comuns. As vítimas civis são a consequência mais inaceitável de todas as guerras. Cada morte de um civil é uma tragédia e não deve em nenhum caso ser vista como o “custo” para lograr os objetivos bélicos de nossos países, porque não somos nós quem pagará este preço. Uma de cada quatro pessoas mortas na guerra do Afeganistão era um civil, e na Iugoslávia a proporção foi ainda maior. Nós achamos que cada um de nós tem o dever moral e humanitário de registrar e dar publicidade a cada uma dessas mortes, pela importância que merecem e, sempre que for possível, investigar para estabelecer se existe a possibilidade de processar criminalmente.

(...)

O Secretário Geral da ONU instou a comunidade mundial a propor um novo enfoque destes problemas centrado no ser humano. Como contribuição a este esforço, a Comissão sobre Segurança Humana (CHS) se reuniu pela primeira vez em New York em Junho de 2001 e celebrou sua segunda reunião em Tóquio em Dezembro de 2001. O projeto Iraq Body Count é uma resposta direta à agenda proposta de Segurança Humana.

O projeto Iraq Body Count procura promover o apoio, o compromisso e a compreensão públicos em relação à dimensão humana nas guerras, proporcionando uma documentação confiável e atualizada sobre as vítimas civis no caso em que os Estados Unidos declare uma guerra a esse país no ano 2003. O dever de “registrar” recai com dureza particular sobre os cidadãos comuns destes Estados cujas forças militares causam as mortes. Na crise atual, esta responsabilidade ha de ser assumida principalmente pelos cidadãos dos Estados Unidos e do Reino Unido.

(...)

O objetivo deste projeto é registrar de forma decidida e praticamente em tempo real uma chave e um índice imutável dos frutos da guerra: o enorme número de mortes de inocentes. A verdadeira amplitude deste fato passa frequentemente desapercebida ainda após o final de uma guerra, quando não completamente ignorada. Uma das razões é que os informes a respeito dos incidentes nos quais civis perderam a vida encontram-se dispersos em fontes diferentes e são divulgados ao longo do tempo: um ou dois mortos aqui, uma dúzia ali, e somente os maiores incidentes (como o ataque ao refúgio de Al-Amariyah, onde centenas de mulheres, crianças e velhos perderam a vida) aparecem nas manchetes. Mas as menores cifras somam-se rapidamente: e ainda que muitos civis venham a morrer nos ataques ao Iraque, o grande número de vítimas nao deve ser ignorado por aqueles que –com seus impostos- estao pagando tal matança. A estas vítimas da violência, facilmente esquecidas, é dedicado o projeto Iraq Body Count, e nós estamos decididos a que elas tenham direito a seu memorial."

Vale a pena conferir!!!

1:34 PM  
Anonymous Anônimo said...

Os hispânicos representam menos de 9,5% dos membros das Forças Armadas dos Estados Unidos, mas são 11% dos soldados mortos na Guerra do Iraque, que esta semana ultrapassou a marca de 3 mil, nos quase quatro anos de ocupação.

Mais de 22 mil soldados americanos ficaram feridos no Iraque, a metade deles com gravidade suficiente para impedir seu retorno a operações militares.

Uma das primeiras mortes registradas pelo Pentágono desde o início das operações de ocupação do Iraque, em março de 2003, foi a do cabo de Infantaria da Marinha José Gutiérrez, de 22 anos, nascido na Guatemala, e que não era cidadão americano.

Desde então, a proporção de baixas de hispânicos foi maior que sua porcentagem nas Forças Armadas, pois os latinos têm maior presença nas fileiras de soldados rasos e suboficiais.

Os hispânicos também representam 17,5% dos soldados em posições de combate em terra.

No Censo de 2000, os hispânicos, com 12,5% da população dos EUA, superaram os negros como a minoria mais numerosa do país, e mostraram que são a de crescimento mais rápido.

Os EUA estão nesta guerra há mais tempo do que ficaram na Segunda Guerra Mundial. Cerca de 74% dos mortos são catalogados pelo Pentágono como "brancos"; 11% "hispânicos"; 10% "negros", e o restante de origem asiática ou indígena.

Em julho de 2002, o presidente dos Estados Unidos, George W.

Bush, assinou um decreto que acelerou os trâmites de aquisição de cidadania para os estrangeiros que prestem serviços durante a guerra.

Os soldados rasos somam 19% das baixas mortais; os sargentos 17%; os soldados de segunda classe 13%; os altos sargentos 12%; os soldados de primeira classe 11%; os cabos 9%, e os capitães 3%.

Segundo o Pentágono, 42% dos soldados mortos tinham entre 21 e 25 anos de idade; 18% entre 26 e 30 anos, e 17% entre 18 e 20.
EFE

4:42 AM  
Anonymous Anônimo said...

Las imágenes de la muerte en la horca del dictador Sadam Husein, que han podido verse en mayor o menor extensión y detalles en las televisiones de todo el mundo, son éticamente perversas, estéticamente repulsivas y políticamente nefastas. La versión oficial sobre su origen asegura que uno de los verdugos grabó clandestinamente las imágenes más duras en un teléfono móvil. Las autoridades sólo mostraron la fase de preparación del reo en el cadalso y su cadáver. Pero todas han sido ampliamente difundidas.Durante la emisión de las imágenes en la televisión iraquí se oyó a un coro infantil cantar: "Éste es el día del castigo al tirano, es un nuevo día para el Irak". El elemento de venganza está tan presente en las imágenes oficiales como en las peores que muestran a Sadam en el instante de la muerte o ya cadáver.Fuera del ámbito de quienes ansiaban su muerte tanto como la han celebrado, prevalece la opinión de que la ejecución de Sadam no sólo nada resuelve, sino que impide conocer la verdad sobre otros de sus crímenes. Lo que sí es evidente es que la morbosa publicidad de las imágenes ya ha agravado las tensiones sectarias. Y que el Gobierno iraquí y la principal fuerza ocupante, EE UU, no han cumplido con su deber de preservar la dignidad del reo al permitir, aunque fuera por dejación, que el triste espectáculo se difundiera y alimente los peores instintos de adversarios y partidarios del déspota ejecutado. Que en la región se recurra con terrible frecuencia a la crueldad medieval no exime a autoridades, nacionales y extranjeras, del deber de evitarla donde puedan. Allí podían. El retransmitido show de la horca destroza así los visos garantistas que se le quisieron dar al juicio y sólo augura más sangre.
EL PAIS

6:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

saddam era um tirano? era! merecia a forca? provavelmente! mas que tudo pareceu um espetáculo e lembrou o tempo dos gladiadores, onde o imperador dava mais um corpo pro povo, que vibrava com as crueldades bestificados, isso foi. o símbolo da forca entao, nossa... nao sei se fosse um rodeio a vibracao da morte ia ser diferente. o espetáculo já foi armado e o tirano já foi morto, mas sinceramente duvido que violência no iraq vai diminuir

10:36 AM  
Anonymous Anônimo said...

Quinta, 4 de janeiro de 2007
EUA: menino morre ao imitar enforcamento de Saddam
Parentes afirmaram que Sergio Pelico, 10 anos, assistiu ao vídeo da morte de Saddam Hussein antes do acidente, que aconteceu no domingo.
"Nós acreditamos que ele tentou imitar a cena", explicou o capitão Thomas Claunch, da Polícia de Webster.
As autoridades informaram que o garoto foi para o seu quarto, amarrou um pedaço de pano em um beliche, e enrolou a corda improvisada no pescoço. Adultos e outras crianças estavam na casa na hora do acidente.
"Não há nada que indique que houve omissão criminosa. Parece tratar-se de um trágico acidente", disse Claunch.
Reuters

5:46 AM  
Anonymous Anônimo said...

Menino morre nos EUA tentando imitar execução de Saddam Hussein

da Efe, em Washington

Um menino de origem guatemalteca morreu em Houston, no Texas, quando aparentemente tentava imitar a execução do ditador iraquiano Saddam Hussein.

O porta-voz da polícia do condado de Webster, Tom Claunch, disse que o corpo do menino de 10 anos, identificado como Sergio Pelico, foi achado na manhã de domingo, segundo o jornal "The Houston Chronicle" de quinta-feira (4).

Claunch disse que, segundo a mãe de Sergio, um dia antes de se enforcar o menino tinha visto as notícias sobre a execução de Saddam Hussein.

"Achamos que se trata de um acidente e que ele estava experimentando uma forca", disse Claunch, segundo "The Houston Chronicle".

O psicólogo Edward Bischof disse ao jornal que o menino possivelmente tentou "imitar" um comportamento mostrado pela televisão que pareceu interessante ou emocionante, "sem a maturidade emocional ou psicológica de pensar no que fazia".

"Saddam Hussein foi mostrado pela televisão de pé no cadafalso com o nó ao redor de seu pescoço 12 vezes por hora. Este é um caso real no qual a televisão parece ter sido um estimulante", disse o psicólogo.

6:39 AM  
Anonymous Anônimo said...

Como é a vida...A mídia americana e Sadam continuam fazendo vítimas.

6:41 AM  
Anonymous Anônimo said...

Existem aqueles que defendem a revolução cubana e se esquecem das centenas de execuções no "parédon" ordenadas pelo medico Ernesto Guevara e "El Comandante".Todos os réus foram julgados e muitos dos executados eram soldados e burocratas do regime tirânico de Fulgêncio Batista, vários deles torturadores. No fim da Segunda Guerra vinte e dois nazistas foram a julgamento no tribunal de Nuremberg, onze foram enforcados. Vinte e oito réus japoneses foram a julgamento no tribunal de Tóquio, sete foram enforcados. Nos tribunais internacionais existe um critério para a forca, a prática de crimes contra a humanidade e crimes de guerra.Em Nuremberg e Tóquio réus foram absolvidos, outros condenados a vinte anos. Rudolf Hess foi condenado a prisão perpétua por ser um dos principais mentores do nazismo, considerado segundo no comando e insano. Nenhum inocente foi enforcado em Nuremberg ou em Tóquio.Porque a forca e não o fuzilamento? Os julgamentos seguem critérios militares e o fuzilamento é considerado uma morte digna. Em Nuremberg alguns dos réus, altas patentes do Estado-Maior alemão, exigiram o fuzilamento, negado pelo representante da União Soviética. Mao Tsé Tung executou milhares de oponentes, também Joseph Stálin da URSS.Sadam mereceu a forca? Os cadáveres profanados de seus filhos por Marines não seria punição suficiente? Sim, mas essa execução foi punitiva, simbólica ( se deu na comemoração do dia do sacrifício, data especial para os sunitas)e agradou a maioria xiita que possivelmente governará o Iraque após a desocupação. Se Sadam continuasse vivo poderia organizar uma futura resistência sunita e quem sabe, voltar ao poder.

7:34 AM  
Anonymous Anônimo said...

Uma jovem de 15 anos da região leste da Índia se enforcou, deprimida com a execução do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, informaram familiares e fontes da polícia.
"Ela disse que haviam enforcado um patriota. Não levamos a sério quando nos disse que queria sentir dor experimentada por Saddam Hussein durante a execução", declarou a mãe da jovem, Manmohan Karmakar, à AFP por telefone da cidade de Kharda.
A adolescente, Moon Moon, ficou extremamente deprimida depois de ter visto a execução de Saddam Hussein na televisão.
"Ela assistiu a cena várias vezes e não se alimentou nem sábado nem domingo para protestar pelo enforcamento", disse.
O policial Pravin Kumar confirmou o suicídio. Segundo ele, a jovem se amarrou a um ventilador de teto e foi encontrada morta na quarta-feira.

AFP

4:40 AM  

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