quarta-feira, outubro 14, 2009

Ministro dos Esportes quer "desfutebolizar" o esporte brasileiro

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, esteve nesta terça-feira (13) no auditório das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) para participar das comemorações da XX Semana de Educação Física da instituição.

Em seu dircurso, o ministro destacou as oportunidades e desafios que podem surgir das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Para ele, as dimensões mais importantes do evento envolvem não só os impactos nacionais, mas também o lado econômico e social.

Com 205 países filiados ao Comitê Olímpico Internacional (COI), os Jogos Olímpicos proporcionam uma das maiores plataformas de exposição que um país pode ter, disse o ministro. "Isso é importante porque o mundo conhece pouco o Brasil", afirmou ele.

Orlando Silva chamou a atenção para a importância de diversificar as práticas esportivas no país e citou o peso exagerado que o futebol ainda tem sobre o esporte brasileiro. "Um dos desafios é o de desfutebolizar o nosso esporte. O monopólio que o futebol exerce é além do que deveria", apontou.

Quando perguntado sobre o que será feito para que não haja desvio de recursos na execução dos Jogos, o ministro disse que tem tratado a transparência como uma obsessão. "A única garantia de que não haverá desvio de recursos é se as pessoas puderem acompanhar em tempo real como os gastos estão sendo feitos. Ou é assim ou é impossível ter algum mecanismo para saber quanto custou aquele ginásio, por que custou aquele valor e qual foi o cronograma do pagamento. É preciso ter uma obsessão com a transparência".

Reportagem publicada no dia 10/10 no jornal O Globo apontou que o Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito para apurar por que não foram realizadas licitações para contratar empresas que elaboraram o projeto apresentado ao COI e financiado com dinheiro público. De acordo com a matéria, as despesas com consultoria internacional e nacional, além de gastos operacionais e salários de funcionários contratados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) foram pagos com verba pública no Ministério dos Esportes.

Thiago Mattos.

PS: Reportagem publicada em http://www.fiamfaam.br/momento/?pg=leitura&id=1908&cat=2

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