quarta-feira, janeiro 20, 2010

Macarrão instantâneo: um preço que não compensa

Apesar de toda praticidade e do baixo preço, os macarrões instantâneos ainda deixam muito a desejar. É o que mostra uma pesquisa do Pro Teste, órgão da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, que testou dez marcas do produto e concluiu que toda a conveniência esconde riscos à saúde.

De acordo com a pesquisa, os macarrões instantâneos são ricos em gordura e aditivo para realçar o sabor. Chamou a atenção, inclusive, o altíssimo teor de sódio encontrado nos macarrões; alguns dos produtos alcançam quase 100% do que um adulto deveria consumir em um dia.

A pesquisa também ressaltou um ponto curioso: a razão pela qual o macarrão instantâneo é tão rapidamente preparado deve-se ao fato de ser pré-cozido e depois perder água em um processo de fritura – o que muita gente ignora, já que essa informação não vem escrita no rótulo.

Além disso, os macarrões instantâneos (sem o tempero) possuem, em média, cinco vezes mais gordura do que o macarrão tradicional, que por sua vez ainda é mais barato que o instantâneo. Em outras palavras, a vantagem do macarrão tradicional em relação ao instantâneo é nutricional e econômica.

Para se ter uma ideia do tamanho do problema, enquanto a legislação europeia estabelece o limite de 10g/kg para o glutamato monossódico (aditivo que realça o sabor), no Brasil o menor valor encontrado em uma marca é de 54g/kg e o maior valor chega a 242,4g/kg. Como trata-se de uma substância maléfica à saúde, a pesquisa não recomenda o consumo do produto, principalmente para as crianças. E mesmo para o consumo eventual, deve-se maneirar no tempero.

Thiago Mattos.

PS: Publicado no Momento On Line

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